O que significa “single”?

Um “single” é a gravação de uma a três, no máximo, quatro músicas.

O “single” é diferente do “EP”. Ele traz as músicas ou música em que o artista, estúdio, selo ou gravadora mais acreditam artística e comercialmente. Anteriormente, era chamada de música de trabalho ou música para divulgação.

O foco do “single” é divulgar a canção ou canções nele contidas.

Geralmente o single é nomeado com o título de uma das canções

As músicas gravadas poderão ser inéditas ou músicas que fizeram parte de antigos CDs ou EPs do artista. Pode também ter canções gravadas “ ao vivo” ou trazer músicas remixadas  por DJs ou remixadas especialmente para rádios. O “single” também pode trazer uma mesma música remixada de formas diferentes.

As músicas de um “single” podem migrar para um CD ou EP gravado futuramente pelo artista ou ser um trabalho a parte e distinto do álbum.

Os “singles” físicos em vinil ou CD, na prática, são bastante comuns em países como Japão, Inglaterra, EUA, Austrália e o Canadá.

No Brasil e em Portugal, o formato mais aceito para os “singles” é o formato digital e para telemóveis (celulares).

 


Tutti Baê entrevista o Marcão da Banda Bula

1. De onde vem o nome banda Bula? Qual o significado?

A palavra Bula tem alguns significados importantes pra mim. Acredito no poder de cura e transformação através da música. Bula também vem do termo “bula pontifícia” que era aquele carimbo de cera usado na Idade Média para selar os compromissos mais sérios da sociedade. E o nosso principal compromisso de vida é a própria música.

2. Conte um pouco sobre a formação da banda Bula. Qual o conceito da banda?

Nós somos essencialmente uma banda de rock, constituída por guitarras, baixo, bateria e voz. Eu e André nas guitarras, Lena Papine no baixo e Pinguim Ruas na bateria. Trazemos para a nossa música toda a diversidade de sons que provêm da música alternativa, podendo ser eletrônica, clássica ou uma pegada mais caiçara, da praia, como o ragga.

3. Qual o repertório da banda Bula? Vocês se inspiram na banda Charlie Brown ou a banda Bula tem o seu repertório próprio?

Nós temos o nosso próprio repertório. Lançamos em 2015 “Não Estamos Sozinhos”, nosso primeiro disco que conta com 13 faixas autorais que traduzem a minha visão de mundo em um período da minha vida em que tudo ficou de ponta cabeça. A música muitas vezes acaba sendo uma fotografia de um momento que você vive. A tensão que eu passei naquele período de turbulência emocional, perda, recomeço e muita espiritualidade acabou sendo um valioso combustível, e a música foi minha melhor terapia, em alguns momentos o meu estúdio virou um divã de psiquiatria.

4. Fale um pouco da nova música em parceria com o Chorão que você lançou este ano.

A música “Ela Nasceu pra Mim” que fiz em parceria com o Chorão acabou sendo a maior herança do Charlie Brown Jr no disco. Fruto de uma explosão emocional típica em nossas composições, essa música nasceu em um ensaio de forma muito espontânea. Ele escreveu a letra e no final colocou uma dedicatória pra mim dizendo que estava muito feliz com o nosso novo som e pediu que eu guardasse o papel. Para mim é muito importante manter viva a nossa história, a nossa memória. Fizemos um trabalho incrível que vai ficar para as próximas gerações. Hoje a música está entre as mais pedidas nos shows e nas rádios rock, acho que a galera se identifica com o nosso DNA!

5. Sabemos da sua jornada como guitarrista. Como foi tornar-se a “voz” da banda?

Descobri no canto uma forma de extravasar ainda mais minhas emoções, dar voz aos sentimentos. Exige muita dedicação e é preciso ter o conhecimento que só um grande profissional pode oferecer. A Tutti Baê me ajudou muito a desenvolver meu potencial, lapidar a voz e a descobrir técnicas essenciais para a prática do canto. Ela soube enxergar o que eu tenho de melhor. Foi uma grande descoberta pra mim, um desafio delicioso!

6. O que você sentiu ao apresentar-se em grandes festivais de música do nosso país?

Senti uma conexão que até então não havia experimentado. Estava lá com meu primeiro disco e de repente muita coisa boa começou a acontecer. Foi surpreendente aonde chegamos. Tocar no Rock in Rio, Lollapalooza e outros grandes shows foi uma experiência única, uma surpresa maravilhosa!

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