Saiba qual o padrão de respiração para o canto

Existem 3 padrões de respiração considerados naturais e sua denominação se refere aos locais onde percebemos a movimentação de nosso corpo ao inspirarmos. São eles: costal superior, diafragmático abdominal ou inferior e costodiafragmático abdominal. Entenda melhor cada um desses três tipos de respiração abaixo:

  • Costa superior é aquele que, muitas zvees, utilizamos durante as atividades físicas, pois permite entrada mais rápida de ar e maior oxigenação. Este padrão não é indicado para o canto, pois não permite controle da saída do ar e tenciona a musculatura do pescoço, que está localizada externamente à laringe;
  • Diafragmático abdominal ou inferior é o que utilizamos enquanto dormimos;
  • Costodiafragmático abdominal é o padrão ideal para fala ou canto, que prioriza a abertura das costelas e, consequentemente, provoca anteriorização do osso esterno e abaixamento do diafragma, resultando numa expansão abdominal.

Durante a fala ou canto necessitamos em alguns momentos de maior demanda de ar e expiração; nesse caso; para facilitar a saída do ar e adquirir o controle da respiração utilizamos a musculatura torácica e abdominal, que trabalham em conjunto.

Leia mais no livro da Tutti Baê e Claudia Pacheco: “Canto, equilíbrio entre o corpo e som princípios da fisiologia vocal”

Editora Vitale: https://goo.gl/6l7nrg


Sambas Enredos de Carnaval

O Carnaval está chegando e com ele vem o momento de alegria, festa, conhecer pessoas, viajar, se divertir e conhecer os novos sambas enredo que as escolas de samba fazem muito bem. Além da diversão, o Carnaval brasileiro mostra muito da nossa cultura, através de pessoas que se dedicaram e estudaram muito para garantir uma festa para todos. Como é incrível ver a criatividade das escolas de samba, através das roupas, carros e músicas. Sem contar a disposição dos dançarinos e cantores para permanecer por quase uma hora sem parar dançando e cantando.
Para comemorar esse momento o Vox Music Studio selecionou três grandes sambas enredo do século passado de grandes sambistas, confira no vídeo abaixo:


Saia da rotina musical

Queridos cantores, janeiro é um mês incrível, é o mês de férias, mudança de ares, relaxar, dar mais atenção às pessoas que amamos,fazer novas amizades e tantas outras coisas!!! O mês está na metade e o que você fez para sair da rotina?

Mudar a rotina é importante, pois nós cantores e músicos lidamos com música o tempo todo, mas muitas vezes por falta de tempo e outros fatores não conseguimos ouvi-la de forma diferente, que não seja por trabalho, ouvir por curtição, voltar aquele gosto, aquela vontade como no princípio, e assim, redescobrir!

Então, a dica é conhecer uma nova voz ou um novo compositor, e que além disso, também seja um estilo diferente do seu! Ter essa prática pode ser engrandecedor e surpreendente. Se você conseguir leia, também, a biografia daquele compositor ou cantor que você escolheu.

Enquanto eu estava escrevendo este texto, uma aluna passou por aqui e me disse que adoraria escutar jazz, mas nunca sabe o que escutar. Por isso, segue algumas dicas, dentre tantos cantores e compositores maravilhosos vamos começar com essas feras:

Jazz:

Billie Holliday, tudo que você puder escutar e o livro biografia dela é o “Lady Sings The Blues”.

Ella Fitzgerald, um cd duplo que se chama “Jazz- History”, fique de olho nos bebops, são incríveis.

Sarah Vaughan, “LIVE” “JAPAN” é um cd ao vivo maravilhoso.

E por fim, Carmen Mac Rae, que também tem canções lindas.

Compositores:

Cole Porter

Rodgers and Hart

George e Ira Gershwin

Escute, também, uma das playlists da Vox Music Studio, http://www.voxmusicstudio.com.br/jazz-bossa-e-samba/, que tem a Iasmin Souza, cantando Body and Soul, In a sentimental mood, cheek to cheeek com um grande guitarrista, o Edu que toca numa onda super Joe Pass, espero que gostem! Até mais :)

Tutti Baê


A Voz do Negro

O timbre de uma pessoa é algo único, cada um tem sua própria identidade timbrística, que é determinada pela anatomia de cada pessoa. Por isso no post de hoje, queremos destacar a voz do negro que é diferenciada por alguns aspectos fisiológicos.

Cantores como Stevie Wonder, Michael Jackson, Whitney Houston, Elza Soares, Alcione, Negra Li, Emílio Santiago, Sandra de Sá,Maxell, Billie Holliday, Big Joe Turner, Bobby Mcfering , Gloria Gaynor, Tina Turner, Aretha Franklin, Mariah Carey, Louis Armstrong, Beyoncé… o time é grande e o que eles têm em comum? São negros e donos de vozes poderosas.

“As pesquisas demonstram que pessoas da raça negra têm diferenças anatômicas, que talvez possam explicar essas características tão especiais e belas que muitas vezes observamos em suas vozes.

Algumas das diferenças observadas na forma de seu trato vocal, tais como cavidades oral e nasal maiores do que as observadas em outras pessoas, interferem na qualidade sonora. A diferença nos tamanhos das cavidades poderia ser uma das responsáveis pelo timbre mais agravado, que muitas vezes podemos observar na raça negra, o que também justificaria o volume (loudness) aumentado dessas vozes.

Outros pesquisadores encontraram evidências de maior comprimento e espessura das pregas vocais e este também justificaria o motivo de se ter a sensação de uma voz mais agravada (pitch grave)”. (Bâe, Tutti, p.54, 2006). Em 1945 Boshoff comprovou ser a musculatura da laringe do negro mais vigorosa do que outras raças.

De qualquer forma, essa característica deu ao mundo ótimos cantores que nos encantam com suas incríveis vozes.

Quer saber mais sobre timbre? Leia no livro “Canto, um equilíbrio entre o corpo e som” da Tutti Bâe:  https://goo.gl/6l7nrg


É São João!! Conheça mais sobre a dança e os ritmos dessa maravilhosa festa!

Forró é uma dança típica da Região Nordeste do Brasil, praticada nas festas juninas e outros eventos.

Muita gente confunde o nome da dança (forró) com o nome do ritmo. Forró é a dança, não o ritmo. Os ritmos para a dança do forró são vários, entre eles o baião e o xote.

De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do pesquisador Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé.

Há a versão mais popular que diz que o nome viria do termo “For All” (em inglês, “para todos”). Com a inauguração da primeira estrada de ferro no interior de Pernambuco pela companhia inglesa Great Western, foi feito um baile (ao som da sanfona e zabumba) para comemoração do acontecimento, onde a empresa convidava todos através dos dizeres afixados na entrada: “for all” (para todos).

Escute abaixo o baião e o xote e veja se percebe as diferenças.

Exemplo dos ritmos:

Baião:

Baião – Intérprete Luiz Gonzaga; Compositores Luiz Gonzaga e Humberto Teixiera.

Dezessete e Setecentos – Intérprete e Compositor: Luiz Gonzaga.

Xote:

O Xote das Meninas – Intérprete Luiz Gonzaga; Compositores Zé Dantas e Luiz Gonzaga.

Esperando na Janela – Intérprete Gilberto Gil; Compositores: Targino Gondim, Manuca Almeida e Raimundo do Acordeon.


O que significa “single”?

Um “single” é a gravação de uma a três, no máximo, quatro músicas.

O “single” é diferente do “EP”. Ele traz as músicas ou música em que o artista, estúdio, selo ou gravadora mais acreditam artística e comercialmente. Anteriormente, era chamada de música de trabalho ou música para divulgação.

O foco do “single” é divulgar a canção ou canções nele contidas.

Geralmente o single é nomeado com o título de uma das canções

As músicas gravadas poderão ser inéditas ou músicas que fizeram parte de antigos CDs ou EPs do artista. Pode também ter canções gravadas “ ao vivo” ou trazer músicas remixadas  por DJs ou remixadas especialmente para rádios. O “single” também pode trazer uma mesma música remixada de formas diferentes.

As músicas de um “single” podem migrar para um CD ou EP gravado futuramente pelo artista ou ser um trabalho a parte e distinto do álbum.

Os “singles” físicos em vinil ou CD, na prática, são bastante comuns em países como Japão, Inglaterra, EUA, Austrália e o Canadá.

No Brasil e em Portugal, o formato mais aceito para os “singles” é o formato digital e para telemóveis (celulares).

 


A perda de peso interfere na voz? Confira a reportagem da especialista Cláudia Pacheco

Sabemos que a obesidade está associada a inúmeras doenças, tais como hipertensão, diabetes, e alterações do sono, entre outras. Em função disso, campanhas de reeducação alimentar visando melhor saúde tem aumentado a cada ano. Será que há influência da perda de peso na voz?

Alguns pesquisadores investigaram a voz de pacientes que realizaram cirurgia bariátrica e os acompanharam por um período de 6 meses. Suas vozes foram gravadas antes da cirurgia e depois em outros 2 momentos, aos 3 e 6 meses do pós-cirúrgico. Os resultados da pesquisa apontaram que os pacientes auto referiram diminuição no volume da voz (loudness) e na tonalidade vocal indicando que suas vozes ficaram mais graves (pitch) após a perda de peso. No entanto, as análises perceptiva e acústica das vozes gravadas desses pacientes não indicaram mudanças nesses aspectos.

A diminuição do volume da voz pode ser explicada pela observação de diminuição na pressão expiratória pós cirurgia. Sabe-se que a perda de peso abrupta pode acarretar, muitas vezes, um quadro de desnutrição que pode ser identificado por sintomas como fadiga e fraqueza excessiva. Esses sintomas podem acarretar alteração no fluxo de ar no momento da fonação podendo gerar uma diminuição do volume de voz.
Não há ainda, pesquisas que tenham investigado tamanho de massa de pregas vocais antes e depois de uma grande perda de peso o que talvez trouxesse maiores informações a respeito da influência de um sobre o outro. Sendo assim, os estudos realizados até o momento são inconclusivos sobre se há alterações vocais ou não após redução drástica de peso.

Cláudia Pacheco
Fonoaudióloga CRFa 1275
Especialista em Voz
Mestranda do programa de distúrbios da Comunicação – UNIFESP


O que é ouvido absoluto?

Outro dia estava na fila aguardando a chamada do número da minha senha, quando a criança ao meu lado identificou que a melodia tocada pela sirene da senha era “mi si mi si”. Pois é, se você viver uma situação semelhante a essa, saiba que você está ao lado de um “ouvido absoluto”.
O indivíduo que possui ouvido absoluto reconhece as notas tocadas imediatamente, quando tocadas sozinhas ou agrupadas. Trata-se de uma habilidade nata, mas não hereditária e apenas uma em cada 10 mil pessoas tem essa habilidade.

E não estamos falando só de música, mas também de sons vindos de buzinas, da natureza, vozes de animais, barulhos de máquinas. A explicação para esse dom não está no aparelho auditivo, mas no cérebro. Quem tem ouvido absoluto possui mais capacidade de receber e interpretar estímulos do lado esquerdo do cérebro, onde os sons são processados.

Mas não significa que quem tem ouvido absoluto será um gênio da música. Ter o dom do ouvido absoluto não garante criatividade na composição nem genialidade na interpretação.

Alguns famosos que possuem ouvido absoluto:

– Jimi Hendrix, guitarrista e cantor americano que não sabia ler partituras, mas conseguia aprender o repertório inteiro de uma banda ouvindo apenas uma única vez.
– Wolfgang Amadeus Mozart, compositor austríaco que, quando criança, teria exclamado “Sol sustenido!” ao ouvir o guincho de um porco.
– Mariah Carey, cantora americana que aos quatro anos de idade conseguia cantar exatamente igual ao que ela ouvia.

Fontes: “Canto uma expressão”, Mônica Marsola e Tutti Baê e site da Revista Superinteressante (http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-e-ouvido-absoluto)


O que significa “EP”?

Muitas vezes a gente escuta:

“Quero gravar um EP.”

“Estou produzindo um EP.”

“Comprei um EP da minha banda favorita.”

 

Mas, afinal, o que significa a sigla EP mesmo? Qual a origem da palavra EP?

A sigla “EP” vem do termo em inglês “extended play” e significa uma obra musical que contém mais músicas do que um “single”. Daí o termo “extended”, indicando que o EP é um “single” estendido, com mais faixas. Normalmente possuem de 4 a 6 faixas, posicionando-se como um intermediário entre um “single” e um álbum (que, em geral, possui de 10 a 12 faixas).

O EP surgiu entre os anos 50 e 60, como uma compilação de músicas ou uma amostra de um álbum lançado em LP. Mesmo após o surgimento do CD em 1982, o conceito de EP tem se mantido.

Um artista pode optar pela produção de um EP por vários motivos. Pode ser visto como uma prévia do seu próximo álbum, ou como um item promocional a ser distribuído para a mídia. O EP pode servir também para lançamento de novos artistas e bandas que desejam testar a repercussão do seu trabalho antes de partir para um álbum. A questão financeira também pode ser um motivo para a escolha do EP, uma vez que o seu custo é menor em relação ao de um CD.

Hoje o artista conta com várias opções de produção: CD, EP, “single”. Cabe ao artista escolher dentre as suas possibilidades, objetivos e concepção musical qual o formato que mais se adequa ao seu momento artístico e pessoal.

O mais importante em tudo isso é expressar-se e compartilhar com o público aquilo que pensa, que gosta, que sente e que lhe faz realizar-se como artista. Ou seja, o que vale mesmo é “soltar o som”.